quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Vocabulário

Numa sociedade pluralista, temos de nos saber compreender uns aos outros. Assim, proponho-me elaborar, com a minúcia própria de um trabalho que se quer cientificamente correcto, um dicionário Português-português e português-Português, para que possamos compreender facilmente a nossa plebe, e também fazermo-nos compreender melhor por ela.
Darei também algumas notas explicativas, pois as divergências entre o nosso Português e este dialecto são tais que faltará sempre alguma tradução, porquanto, muitas vezes, as variações se tornem semelhantes dentro de um certo grupo morfológico, ou até tamanho da palavra. Para começar, temos os estrangeirismos, especialmente os francesismos; regra geral: quando existe uma palavra portuguesa, o plebeu usa a francesa (por vezes, correctamente), mas quando apenas existe o termo francês, tende a aportuguesá-lo. Ora vejamos

Português----------------------------------------------------português

gabardine---------------------------------------------------gabardina
garagem--------------------------------------------------------garage
roupão-------------------------------------------robe(a parte do -de-nuit é excluída, gerando confusão com francês para vestido-robe)
tenhamos---------------------------------------------------tenha-mos
tenha-mos---------------------------------------------------tenhamos
não me dês-------------------------------------------------não dês-me
que me deste---------------------------------------------que deste-me
mousse----------------------------------------------------------musse
beige--------------------------------------------------------------bêge
barragem-------------------------------barrage(em nítida confusão com a gíria do desporto equestre)
haver-de---------------------------------------------------------hadar
dever---------------------------------------------------------dever-de
antes-----------------------------------------------------
a prior (sem o ultimo i)
depois---------------------------------------------------------
a posterior(idem)
catarro----------------------------------------preferência dada ao termo técnico expecturação
houver------------------------------------------------------------hajar
euros--------------------------------------------------------------oiros
almoço/jantar---------------------------------------------------o comer
vinho--------------------------------------------------------------pinga
marron glacé----------------------------------------------marron glacê
compras (ir às)-------------------------------------------turismo (fazer)
museu--------------------------------------------------------------seca
bancos-------------------------------------------------chupistas do ca*****
finanças-----------------------------------------------------------idem
ladrão-------------------------------------------------------------herói
Gaia--------------------------------------------------Vila Nova de Gaia
X--------------------------------------------------------Vila Nova de X
tu foste/vós fostes---------------------------------------------tu fostes

domingo, 28 de janeiro de 2007

Desvaneios Totais I -"O canto do cisne"

É disto que eu quero falar e tal vez perceber o quão isto é tão estúpido e talvez seja por isso que falo aqui sem nexo nenhum, era mais importante estar a fazer um bolo do que estar a dizer aquilo mas aquilo é o nada e o tudo, aquilo corresponde à verdade e o dogmatismo dele não faz sentido nenhum, o cepticismo aborda tudo ou nada, mas talvez o meio-termo seja mais engraçado…
Sem querer fazer despojar aquele que fez aquilo, isto em quanto é isto vai permanecer aquilo que é, e não sendo verdade ou talvez mentira, a afrontosa sorte vai receber as flechas do azar, sendo assim chove e a chuva queima e pica, porque sim.
O nada e o tudo divergem no infinito e é o infinito que foge, o infinito é burro na medida em que cheira mal, o odor dele é cavalo e o cavalo vira peixe, os caçadores de peixes, os banqueiros, andam ali.
Vós faredes o que me apetecer e prontos, é assim que tem que ser, é assim que é. O cavalo virou baleia e as flechas…máquinas de calcular, o submarino ficou preso numa palmeira e o ovo estrelado não sabe falar, alguém tem que o ensinar a jogar as cartas.
Caneta azul, verde e vermelha. Porquê? Não sei. Mas daqueles que eu vou falar …vai ser de rir, eles dizem, falam e mandam, na verdade não falam ,vomitam palavras e na verdade não mandam, são estúpidos e inúteis, úteis talvez mas isso já é outro peixe.
Quando a cabeça dói o peixe ladra, o cão está com as patas inflamadas e o gato esta com as guelras vermelhas, porquê?...A culpa é deles, daqueles que são plebeus.
Paredes brancas ao fundo do túnel, maquinas de calcular a saltar, que coisa tão séria. É nos textos em que as coisas falam, e os bichos se transformam que aquilo é triste…e alegre. Por ventura nada tem a haver com nada, e nada tem sentido, tem sentido o nada, mas o tudo sobre põem-se ao nada, o meio-termo tem a mania que, prontos mas ninguém é imperfeito. Chouriço espanhol doce com banana e chocolate, papel, rato, nojo , porcaria. È giro . É engraçado. É estúpido. È plebe.

Ontem fui ao cinema..................

Quem me conhece sabe que eu adoro cinema. Entre todas as artes é a que me interessa mais. E é por isso que me dá pena que o cinema esteja tão banalizado. Por que é que qualquer um pode ir ao cinema?Desculpem mas há olhos que são indignos de assistir a tão grandes trabalhos. Bem sei que são eles, com os seus bilhetes, que pagam os trabalhos. Mas pelo menos façam cinemas para a plebe e cinemas para as pessoas normais. Já repararam que sempre que alguém quer ir ao cinema tem que se misturar com essa gente??? No teatro ou nos museus não é assim. Eu sei que esses lugares não têm tanto público mas é essa exclusividade que os torna especiais.
Porque será que sempre que vou ao cinema tenho que aturar aquelas filas, aquele barulho, a pancada que vi ontem?Porquê?
E os actores? Será que merecem que pessoas que se comportam como animais na sociedade tenham a possibilidade de ver e avaliar os seus trabalhos?

Empresas cinematográficas façam algo rapidamente..................................

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

"Dinheiro&Vida" - Os destinos paradisíacos de ferias

Partilho aqui com vocês a segunda edição do semanário "Dinheiro&Vida". Esta edição é dedicada aos requintados e fabolosos destinos de férias da plebe.
A plebe em geral não tem dinheiro e não tem gosto. Por isso não tem grande margem de escolha para os seus periodos de descanso.
Muitos viajam para a conhecida "terrinha", visitam a família, comem e bebem como "abades" e participam nos eventos rurais.
Outros pelo contrário não têm gosto e escolhem os locais mais inimagináveis como praias que com más condições, maus hóteis ou por exemplo estâncias de neve sem qualidade.
Há ainda outros que procuram ir para o mesmo local dos ricos e não-plébicos mas apesar de estarem no mesmo lugar, estão á parte. Os não-plébicos frequentam hóteis, barcos e casinos. A plebe pernoita em apartamentos alugados, frequenta cafés e bares de má qualidade. Os não-plébicos jogam golf, ténis ou praticam desportos aquáticos. A plebe não joga nada. Apesar de estarem nos mesmos locais continuam absolutamente separados.
A plebe procura apenas sentir um pouco do não plebismo neste caso.
Há ainda o caso daqueles que passam férias numa roulotte num parque de campismo. Como é possivel passar férias num sitio minusculo e sem condições, conforto ou privacidade. Não eram as férias momentos para descansar e relaxar? Enfim..................................a plebe tem destas coisas.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Mecânico, contabilista, engraxador ou jardineiro! - Qual a profissão mais nobre?

Está aos olhos de todos que existem profissões caracteristicas da plebe! Não é por serem menos bem remuneradas ou menos importantes mas são as profissões clássicas que parecem até que foram criadas de propósito para esta nossa estimada classe social. Para além das profissões já referidas no título vamos do camionista ao talhante, do canalizador ao cangalheiro.
Contudo e apesar de todas estas profissões há uma que se destaca de todas as outras por demonstrar exactamente a plebe e todo o ambiente que a rodeia. Falo claro dos taxistas. É para mim a mais nobre das profissões.Essa bela profissão de conduzir os outros aos mais variados sítios. Antigamente as pessoas eram transportadas em gôndolas e carroças. Hoje em dia cada taxista tem o seu próprio e estimado automóvel. Seu é como quem diz pois muitos pertencem a empresas.
O taxista passa grande parte do seu dia no seu taxi, tendo ele que ser portanto adequado e confortável para si. Não há taxi que não tenho os seus tercinhos, as iniciais do condutor estampadas, um "pirilampo mágico", uma protecção para o assento para proteger a coluna e um cheiro absolutamente indiscritivel.............ok, aqui estou a exagerar, há alguns taxis que não são assim, que vê-se que são arejados e tratados. Contudo há outros em que já entrei que digo-vos pareciam piores que a casota do meu cão! Mesmo!! Primeiro tinham pelo menos trinta anos, depois tinham aquele cheiro a mistura de tabaco com água de colónia barata e gasolina queimada, depois tinham também os estofos e as portas todas desfeitas e por último ostentavam um condutor que tornava possivel perceber o estado do taxi. Sim porque há condutores e condutores! Há motoristas e taxistas! E aqui falo daqueles que usam uma camisa ás cores muito anos 70 com os fios de ouro os pêlos do feito de fora, que têm um bigode tão cerrado que não deixa que se lhes veja a boca, que durante a viajem que a vida deles e do bairro onde habitam toda e ainda que têm a unha do dedo mindinho por cortar há muito tempo para coçar sabe-se lá o quê....................
Este taxistas são os perigosos, não pelo sua condução(talvez também por vezes) mas pelo risco de as pessoas apanharem plebicite aguda por estarem tão perto deles. Aconselho todo e qualquer não-plebeu a não entrar nos taxis conduzidos por estes taxitas com o risco de nunca mais sair.................................................................vivo

Alguém lhes escolha as gravatas!


Já não peço aos portugueses que passem a eleger para os cargos políticos gente decente, nem que os que são escolhidos tentem adaptar os seus (maus) gostos à responsabilidade do cargo que ocupam, tentando não dar uma imagem folclórica do nosso país, nem sequer que escolham uma bandeira menos sub-tropical para o nosso país que se quer Europeu. Mas, pelo menos, que contratem alguém que lhes escolha as gravatas!
Certamente já todos repararam na gravata dourada do nosso presidente, nas peço que observem também esta óptima imagem onde a primeira e a terceira pessoas do estado se encontram, respectivamente, com uma gravata verde-alface e azul-fitas-de-prendas-de-natal.

domingo, 14 de janeiro de 2007

"Cada macaco em seu galho"

A plebe mostrou mais uma vez a sua raça e a sua predominância face à restante população, assim como que o American Dream está cada vez mais presente, não com um carro por cada família, mas pelo menos um computador.
Como já era de prever, entre os 100 mais votados no concurso Grandes Portugueses, promovido pela RTP, não se encontram apenas "Aqueles que por obras valerosas/Se vão da lei da morte libertando", e que dariam para preencher quinhentas destas listas, mas que predominam jogadores de futebol, loucos (vide: companheiro Vasco), assassinos (Otelo, o f.p.25). Mais uma vez se vê, também, que a plebe tem memória curta, pelo predomínio de personalidades do século XX. Prontamente apresentarei uma lista contendo as voltas que deram no caixão tantos grandes portugueses, quando se viram atrás do Vitor Baía ou do Afonso Costa, referindo apenas os nomes incluídos na lista, já que a lista incluiria milhões de nomes que, não estando presentes na lista, nem merecendo estar, estariam lá com mais justiça do que os que lá se encontram.
Com votos de rápida desplebificação, me despeço

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

A plebe é igual em todo o lado...

Pois é: toda a plebe tem tendência a enrolar as palavras.
Como é que os alemães foram desencantar Aachen de Aix la Chapelle?

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

A plebe é invisivel.....................

Nova tese: A plebe é invisivel

É um facto que por mais que a plebe se esforce e exiba a sua natureza, ninguém se interessa por ela ou lhe dá importância.
Na nossa sociedade ninguém dá atenção á plebe a não ser quando esta torna prejudicial ao seu conforto. Um exemplo absolutamente demonstrativo desta situação dá-se quando sucede o seguinte:

Imagine-se que se dá uma catástrofe natural e morrem quinhentos plebeus e um indivíduo integro, famoso e socialmente admirado e imitado. De quem acham que todos falarão e sentirão falta? Até mesmo os próprios plebeus?

Meus amigos, eles andam por aí mas é como se não andassem. São pessoas que não se destacam, não têm influência, não serão lembradas, nunca farão algo pelos outros, pela sociedade.....

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

A concentração de plebe e as consequências derivadas

Ultimamente tem-se vindo a formar uma resolução no meu interior:


"Os problemas ambientais da terra são causados pela existência de plebe em excesso por quilómetro quadrado"

Pode parecer um pouco exagerado dizer isto mas se têm dúvidas vejam,


a poluição advém dos automóveis, das fábricas, do consumo, da destruição.

Digam-me agora quem é que tem como principal hobbie passear de carro fá-lo viajando em carros podres com gasolinas impuras?

Quem é que precisa que as fábricas estejam abertas para ter postos de trabalho? É que se a plebe fosse reduzida, só era necessário um número muito inferior de fábricas?

Quem é precisa de consumir e experimentar tudo em exagero para se libertar das frustrações diárias?

Quem é que não tem limites e não sabe controlar os seus impulsos em público?


Meus amigos, só se afiguram duas soluções:


Uma é encontrar um outro planeta habitável e dividir a plebe entre os dois(parece complicado..........)


Outra é apagar da face do planeta uma certa percentagem destes nossos amigos( e não se enganem, eu concordo com o Leite quando ele diz que a plebe é fundamental para o equilibrio do planeta, mas só no número estritamente necessário)



O que fazer?O futuro da vida na terra depende desta decisão.....................

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Situações traumáticas do quotidiano

O Leite viveu uma experiência terrivel, é certo!Mas comparem-na com esta e vejam quem ficou traumaticamente mais afectado.

Vinha eu, descontraidamente, num Domingo a chegar a minha casa, a qual pensava eu que se localizava num local desplebeficado, quando dou com uma imagem que ainda hoje não me saiu da cabeça. Então não é que um grupo organizado de plebe tinha decidido fazer uma excursão á civilização e o seu autocarro tinha avariado mesmo na porta da minha casa!!!!!!!
Seria o meu destino ou terão eles feito de propósito?
O que é certo é que eram horas do lanche e eles tinham montado o estaminé mesmo ali no passeio. Velhas e mais velhas a pousar pequenas tupperware's no muro da minha casa, garrafas de vinho, copos, talheres, uns bancos no chão e tudo numa amena cavaqueira como se estivessem em casa...............
Satisfaziam-se mesmo ali á luz do dia na minha propriedade. Aproximei-me de um senhor e pedi explicações. Ele só respondeu: Nós vimos de Penafiel!É tão longe!São só mais uns minutos e já vamos embora!!!!

Completamente aturdido, completamente estarrecido, não disse mais nada. Entrei em casa, fechei as janelas, susti a respiração e rezei para que o mundo sobrevivesse aquela agressão.

Experiência terrível (parteII)

Texto de António Sousa Leite:

As indivíduas principiaram a rir-se quando nos avistaram, ao longe, por nos verem usando um Uniforme, por termos aquele vício tão anti-plebeu de querer ser alguém na vida. Não discerni de início o horror das suas faces e vestes, já que esta gente faz grande uso das hormonas para a identificação dos outros ambulantes seres que pairam neste mundo, capacidade essa que é reprimida pelo raciocínio, o que fez com que nos escolhessem para suas presas muito antes de nós adivinharmos o perigo que se avizinhava. Assim, de início, pensei que estavam a gozar com a minha cara, mas vim rapidamente a perceber que apenas tinham inveja de alguém a quem a sorte mais riu, que se manifestava por esta manifestação que mesmo as próprias criaturas poderiam ter confundido com gozo.

Depois desta fase, veio o pior: as indivíduas depois de longo raciocínio, sentiram cheiro a dinheiro tendo, e confesso, muito tristemente, que esta é a mais pura das verdades, portanto, tentado as ditas indivíduas assediar-nos. Sim! e repito: fui assediado por um bando de peixeiras. Mantendo a dignidade, escusei-me a comentários e continuei a fazer o que estava a fazer, até que, na altura de me retirar, pensando que já haviam desistido os abutres de me tentar esquartejar, eis que se nos atiram ferozmente, resistindo nós heroicamente. E foi então: “O mostrengo(…)/Na noite de breu ergueu-se a voar/(…)/E disse”-me: “Anda cá se és homem”.
“Três vezes do leme as mãos ergueu[i],/Três vezes ao leme as reprendeu[i],/ E disse no fim de tremer três vezes”: “Eu sou um senhor, minha p***”. Sei que não deveria ter descido tão baixo na linguagem, mas tal foi compensado pela dignidade com que proferi tais palavras e pelo género de gente que me ouvia, que não me iria entender se eu lhes falasse como a qualquer ser civilizado. Tudo sem subir o tom de voz, sem grandes gestos, sem sequer me virar para lhes olhar nos olhos, o que me iria causar cegueira precoce.

Pois duas pessoas às quais eu nunca desejaria tanta maldade, não tiveram a mesma sorte, a mesma inspiração poética no momento certo: foram esperados pelas hienas à porta de uma loja na qual tinham entrado, tendo sido massacrados até um deles se ver obrigado a revelar-lhes o número de telefone do outro, pensando que assim, pelo menos o primeiro, se livraria finalmente das bestas às quais o tinham abandonado. Mas nada: foram perseguidos até ao estabelecimento de ensino no qual todos estudamos, revelando talvez alguma cobardia em trotar, mas explicável pela situação: quem ousará dizer que não tentaria escapar-se da mesma forma de tamanho mal? Aí, todos acorremos em seu auxílio, tentando aguentar os seus ensurdecedores berros, naquele timbre estridente de voz que tão bem as caracteriza, capaz de atordoar até um surdo, de alto e esganiçado que é, estando actualmente as feras já domadas, embora em esperança de criação, para se livrarem (pensam elas) para sempre dos seus problemas financeiros.

Não percebo como houve gente, em tempos idos, com coragem para criar bastardos de criaturas semelhantes a estas. Eu teria nojo, mas tal aconteceu. Já é tempo de elas se acostumarem a que feias e boas parideiras apenas se querem as éguas de criação e, ainda assim, de boa linhagem, para haver garantias de uma descendência com qualidade. Mas que querem, a plebe é mesmo e cada vez mais assim, próxima dos animais, pensando apenas em fazer o melhor uso da época do cio, tentando livrar-se dos problemas sem esforço, com a única perspectiva de futuro de ter a barriga cheia, ainda que apenas de pão.

Como identificar um plebeu?

Basta olhar para eles!Esta-lhes escrito na testa!Os viciozinhos são inevitáveis! Todo e qualquer plebeu não consegue passar cinco minutos sem demonstrar a sua natureza............

Vestigios de plebe II

As cores das paredes das nossas cidades!!Quem acham que são os autores?

Experiência terrível (parteI)

Texto de António Sousa Leite:

Deus castigou-me. E porque acredito que o de lá do alto, tendo todo o Universo para gerir, também tem o direito de não ler atentamente um texto em mais um desses blogs que pelo mundo existem, volto a repetir que nada tenho contra a plebe, que a acho necessária para a harmonia do mundo (desde que a uma certa distância, está claro), que a plebe ajuda a transmitir alegria ao dia-a-dia.
Mas que castigo foi afinal esse?, perguntar-se-ão os leitores. Fui eu, e foi uma turma inteira, o alvo das “peixeiradas”. Aconteceu essa fatalidade depois de almoço, na Microlândia, no Arrábida Shopping, na Antiga, Mui Nobre, sempre Leal e Invicta Cidade do Porto (considero um bairrismo perfeitamente plebeu continuar a considerar Porto, aquela a que chamam Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Gondomar, Maia, enfim, todas essas cidadelas, como terreolas isoladas e não como uma metrópole vanguardista, com plebe q.b. a um canto, para animar a rotina monótona das nossas vidas). Continuando, aconteceu depois de almoço, pelo que ainda estou com uma volta no estômago. Um bando de indivíduas, já não de puro-sangue peixeira (PSP), mas com uma forte mistura de plebe de movimento, talvez meio-sangue peixeira, ou cruzado peixeira com plebe de movimento e plebe de intelecto, de terrível aspecto físico, enfim, pequenos monstros:

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse, «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo,
«El-Rei D. João Segundo!»

«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso,
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse,
«El-Rei D. João segundo!»

Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes,
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»

Esta é sem dúvida uma boa descricção do que se passou, pelo nosso grande Fernando Pessoa, do seu livro “Mensagem”, que aconselho todos a ler, aconselhando também aos mais sensíveis que se deixem ficar por esta poética versão dos factos, pois o que a seguir vão ver, a terrível verdade, a triste verdade, pode chocá-los e fazê-los ter pesadelos esta noite. Aos mais corajosos, apenas lhes desejo o seguinte: “Boa sorte, e que Deus esteja convosco para superarem este obstáculo com êxito”

Amargura

Foi com muita pena que após facetada e verrumante pesquisa verifiquei que, na verdade, os "não-plebe" podem ser afectados pelos plebeus.Podem ser afectados por inúmeras maneiras, das quais destaco:

1º.Problema de foro neurológico: é frequente quando um plebeu se cruza com uma pessoa que não pertence ao grupo plébico que a pessoa normal inspire uma pequena percentagem do ar expirado pelo plebeu. É grave na medida em que pode surgir uma alteração no estado de consciência e consequentemente outros problemas.

O que fazer:

.Evitar aspiração do vómito e assegurar oxigenação cerebral :
.O2 pôr máscara ou cânula nasal, se consciente;
.Intubação traqueal se E.C. Glasgow ≤ 8 persistentemente.

Assegurar perfusão cerebral:
.Manter pressão arterial média entre 60 e 90 mmHg (+20% nos hipertensos).

Iniciar medidas terapêuticas dirigidas:
.Acesso venoso e D5%W;
.Corrigir glicemia;
.Suspeitar de tóxicos!!!

2º. Problemas Cardiacos: com o trauma resultante desta aproximação com a plebe é frequente a pessoa normal debater-se com um aumento dos batimentos cardiacos, estes podem levar a arritmia e consequentemente a morte.

O que fazer:

.Eliminar os possíveis factores responsáveis pelo desencadeamento desta (plebe);

.Administrar o tratamento farmacológico como por exemplo:estabilizadores de membrana, também chamados de antiarrítmicos, que atrasam a condução aurículo-ventricular.

3º.Alto risco de contágio do virús da plebe: com a inalação do dioxido de carbono proveniente do animal em questão é normal que o contágio aconteça, pois este dioxido de carbono contém particulas de virús altamente contagioso, é grave porque a pessoa pode vir a demonstrar uma certa atitude de plebe , vicios destes e até pode começar a largar odores altamente perigosos e também contagiosos, um verdadeiro perigo para a saúde pública.

O que fazer:

.Evitar o contacto visual, olfactivo e tactal com a plebe.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

A verdade é de facto... linda

O fungo plebeu não se dá em locais limpos, normais e civilizados, portanto, caros "não-plebeus", não se preocupem estes parasitas não são perigosos para nós.

O papel das peixeiras no século XXI

Texto de António Sousa Leite:

Antes de mais, devo dizer que discordo com o Nuno e o João no ponto em que pensam na plebe como doença, ou até de considerarem o plebeu um inútil. Na verdade, todos nós, nobres, clérigos, burgueses, novos-ricos (torna-se já, nos dias de hoje, mister distinguir entre os dois tipos de burguesia, este último perfeitamente plebeu), ou até plebeus, temos um papel importante na sociedade, à excepção da chamada “plebe de movimento” e, acima de tudo, do sub-grupo dos grunhos.

Da plebe, o grupo que mais necessário se torna à sociedade actual, é o das peixeiras, acima de todo (e não estou a querer ser bairrista), as do Norte do país, as de Matosinhos, Espinho, Afurada, mesmo o centro do Porto e tantos outros lugares que, olhando para o mar, se tornam intimamente pescadores e peixeiros. Não porque seja necessário comprar o peixe na rua, mas porque constituem uma deliciosa mistura de trajes, maneiras de ser, traços físicos, vocabulário, pronúncia e uma sociedade na qual estão habituadas a viver e a conviver desde muito crianças (ou, como dirão elas, canalha, o que, para nós, é apenas mais um termo para rasca, ralé), tão intimamente plebeus que lhes transmitem uma enorme graciosidade e, acima de tudo, transmitem alegria ao mundo, incluindo aos mais nobres senhores, a menos que sejam eles o alvo das “peixeiradas”.

Aquela figura, aquela mistura elegante de avental, canastra, meias de lã até sei lá onde, lavadas uma vez por semana, saia preta retalhada, rugas e, talvez transmitidos pela sua intima relação, desde tempos idos, com os pescadores, galochas e uma farta bigodaça. Esta figura é de uma beleza extrema, se bem que deva ser apreciada a certa distância, uma vez que perto o cheiro ao produto que lhes deu nome e que vendem desde tempos imemoriáveis pelas ruas do nosso país.

Mas o que as torna tão importantes ao mundo são sem dúvida as peixeiradas. Entre elas, estripam-se, esganam-se, arrancam cabelos, insultam-se, mas com aquela bela pronúncia nortenha que lhes tira a má-educação e as torna quase gracejos, estas acções que nos fazem rir e nos lembra que, acima de tudo, o Homem é um animal selvagem, e nem sempre racional.

Deliciam-me também os temas que as levam a tais manifestações externas dos sentimentos, que podem ser tão só o facto de discordarem quanto à melhor maneira de cozinhar pescada (evidentemente, e como estamos na plebe, não se discute o facto de as melhores partes serem a pele e parte preta do peixe, que são as únicas que verdadeiramente, e quanto a mim, infelizmente, sabem ao odor característico do rei das águas), solha, o peixe de uma ser melhor do que o da outra ou o verde tinto ter dado muito efeito. Aliás penso que, à semelhança do que nos Estados Unidos aconteceu com os Índios, também cá se deviam criar reservas de peixeiras, para não se perder tamanho património cultural. Acabo com uma expressão que é apenas um termo, tipicamente plebeia: “continuação”

Vestigios de plebe

A plebe vai merendar para a floresta e deixa-a assim...a plebe não tem emenda.

"Dinheiro&Vida" - Os interesses

Por indicação de um estimado amigo inaugura-se aqui hoje esta rúbrica que terá uma edição semanal e que porá o mundo ao corrente de todas as questões relacionadas com o "onde e como" a plebe aplica o seu dinheiro.
Nesta primeira edição vamos abordar o tema "o que faz a plebe para se divertir?"
O plebeu é um animal de hábitos!Os seus interesses não divergem muito ao longo da sua vida e são basicamente relacionados com o pequeno meio que o rodeia.
A plebe masculina adulta tem como interesses ir ao café jogar cartas e beber, enquanto comenta o futebol e come tremoços.Para além disso lê o jornal (ou vê as figuras) e leva a mulher a passear. Sobre este último interesse, e tendo eu grande experiência na matéria, prometo desde ja uma futura dissertação em pormenor sobre o assunto .
Por outro lado, a plebe feminina e aqui não só a adulta mas toda em geral tem como principal actividade o mexirico!Aquele puro acto plebeu de falar dos outros nas costas e diga-se, habitualmente, não de um modo simpático. Todas as outras actividades femininas giram em torno desta. Ela vai ás compras para poder mexiricar, vai ao cabeleireiro para poder mexiricar, vai á farmácia para poder mexiricar e por aí adiante. Outro ponto interessante é que a mulher plebeia adora ir ás compras mas nunca compra nada. Passo a explicar.
Basta olhar para o fenómeno dos centros comerciais, cheios de gente mas com as lojas vazias, porque será?.................Serão os produtos de fraca qualidade?................Não creio
Passemos a plebe jovem. Esta faixa etária distingue-se das outras por ser ainda mais irresponsável e influenciavél que as outras. Será que nunca ninguém lhes disse para acabarem com os bonés em bico e as meias cor-de-rosa de renda? Todo e qualquer plebeu jovem é influenciado pela televisão, pela rádio e sabe-se lá porque mais. Mas nós, não-plebeus, também vemos televisão. Porque será que eles absorvem toda a má informação e nós não? Serão seres humanos com defeito?Não me parece.
Mas deixemo-nos de rodeios e vamos ao que interessa. O que o jovem plebeu gosta é de:
Ver telenovelas foleiras, andar de skate, armar-se em mau, namorar em público, ajavardar em público, percorrer as montras das lojas..........e reparem, tudo isto são actividades sem custo monetário.(estão a ver onde quero chegar).Será coincidência?................
Com estes interesses onde será que eles vão parar? Á presidência da república não é com certeza.................

Ralé, Plebe, Plebium, Plebeus...

."No período monárquico, os plebeus não eram considerados cidadãos, portanto não tinham direitos políticos, não podendo nem formar famílias legalmente reconhecidas. (...) Viviam ameaçados pela escravidão, por dívidas e tinham que pagar altos impostos."

."(...)Eles tinham o domicílio, mas, não a pátria".

Origem: Wikipédia

.Plebe, s.f. o povo; a ralé.

.Plebeísmo, s.m palavra usada apenas pelo povo.

.Plebeu, adj. e s.m. da plebe ou a ela relativo

Origem: Dicionário Básico da Língua Portuguesa

A ralé em fúria

O que fazer para deixar de ser plebeu

...nada. Até hoje não foi encontrada nenhuma cura para a doença.

"A diferenciação social através do traje"

Somente os grandes fidalgos usem trajos dourados ou prateados, e se sirvam de jaezes de igual qualidade. Escudeiros e gente limpa vistam londres. "Gentes de offícios mecânicos, e desta sorte, e outra de baixa mão", parece bem a vossos povos que usem bristol, e daí para baixo; não calcem borzeguins, cevilhas, pantufos, chapins, mas sapatos pretos e não de cor; as mulheres usem véus de lã, e não de seda; para estes tais é mister fixar o máximo preço do vestuário. Parece também a vossos povos que "lavradores, criadores e gente desta sorte", aos dias de trabalho devem vestir burel e fustão, trazer calções e botas; conquanto aos dias santos, quando vierem á cidade ou vila, possam trajar bristol, e calçar sapatos brancos ou pretos, mas não borzeguins; as mulheres vistam alfardas de linho. O zelo dos procuradores na demarcação do vestuário baixará até as meretrizes, a quem somente consentiam pano de varas, mas não o de londres; o mais fino, nunca acima de condado, e não de trazer mantilhas, mas andar em corpo, para se destinguirem das honestas." Costa Lobo, História da Sociedade em Portugal no Século XV, em V.M.Godinho, A Estrutura da Sociedade Portuguesa Arcádia
Em verdade vos digo que tenho pena destes coitados...andar em grupo para se destiguirem dos OUTROS???

O que é ser plebe?............caracteristicas intrinsecas.........

Como disse anteriormente, Plebe é um estado de espírito, uma forma de estar, agir e pensar.
Ser plebe é, simplesmente, ser vulgar, imbecil, comum, escravo, fraco, irritante, mal-educado, deselegante, rude,bruto, mesquinho, fora de moda, piroso, porco, parolo, marrão, mau desportista, mentalmente aliviado, imoral, a favor do boné, taxista, domingueiro, soburnável,cigano, asiático, ingénuo, corruptivel, pouco profissional, parado cerebral, sovina..................................
.........................e muitas outras coisas que serão descritas e compreendidas através de situações posteriormente a discutir.
Muitas vezes os plebeus são pessoas que por culpa própria ou involuntariamente não têm educação, estudos ou dinheiro. Plebe de nascença(raça pura) .Mas isso são as situações óbvias.Muitas vezes, pessoas com dinheiro, estudos e savoir-faire têm atitudes de plebe. A estas quedas em tentação chama-se Plebe de circunstância.
Por sua vez, existem as pessoas que por opções que tomaram na vida ou erros que fizeram se vêm parte desta raça, Plebe de destino. Há também aqueles que por mais que sejam avisados não conseguem deixar de fazer asneira e criar situações ridiculas e embaraçosas. Os chamados Plebe de intelecto. Há ainda aqueles que demonstram caracteristicas fisicas que deixam tudo a olhar para eles,são conhecidos como Plebe física.
ainda aqueles que parece que fazem de propósito para estar e assistir a todos os mais foleiros e plebianos acontecimentos. Falo aqui daquelas pessoas que vão passear ao Domingo para perto da praia, que vão ao horto, supermercado e centro comercial ao fim de semana só pelo prazer de ir, que vão ao café ver futebol e beber cerveja, etc. Estes são a Plebe de movimento e são claramente a mais perigosa. Existe ainda aquela plebe que se distingue por trajar de uma forma tão triste e chocante que dá nas vistas e provoca riso ao passar, são conhecidos como Plebe de traje. Surgem ainda aqueles que se destacam pelo que compram e ostentam, são a chamada Plebe materialista.
Temos ainda a plebe que procura disfarçar e evitar a sua condição mas que lá no fundo acaba sempre por, da mais pequena forma e para o olho do atento observador, demonstrar o lugar onde pertence. Esta é a Plebe de disfarce.
Estes são os tipos mais comuns de plebe mas nos mais improváveis lugares surgem outros que referiremos mais a frente.

Um abraço

Porquê este blog?

Numa daquelas longas e animadas conversas entre amigos surgiu a ideia de fundar um blog sobre o fenómeno crescente da plebe.Nun0 e o João, grandes críticos da sociedade, pensamos "Porque não?", já que este tema tem pano para mangas (expressão tipicamente plebiana), como verão de futuro.
Antes de mais, é fundamental perceber o significado deste conceito de plebe. O conceito Plebe é normalmente associado a pobreza, servidão e criadagem. Tenho-vos a dizer que essa associação é falaciosa. Apesar de esses conceitos se relacionarem com a plebe, não a definem. Plebe é basicamente um estado de espírito, uma forma de estar, de agir e de pensar.
É sobre esta "raça" que iremos falar neste blog, descrevendo as suas caracteristicas e aparições relevantes para a sociedade.
Tenho a informar que este é um blog que demonstra opiniões honestas e sem contimentos, sem interesse em ferir ninguém em particular mas todos aqueles que o merecem em geral.
Tudo o que aqui for dito é a reflexão da opinião de duas pessoas á muito habituadas a viver neste rectângulo enfestado com esta raça.

Saudações Nuno e João